Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

PÓVOA DE VARZIM 7 DE AGOSTO 2011 - CORRIDA DE HOMENAGEM AO EMIGRANTE

08.08.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

O cartel prometia um bom espectáculo, e assim sucedeu. E nem o de sol forte de Agosto, que primou pela presença, nem a conhecida ‘nortada poveira’, ausente, deixaram assim de contribuir para uma agradável tarde de toiros na Monumental Praça da Póvoa de Varzim. Era a Corrida de Homenagem ao Emigrante, e os emigrantes marcaram presença. Os emigrantes, e muitos dos conhecidos aficionados nortenhos.

 

Com mais de meia lotação preenchida, o espectáculo, que decorreu sempre a bom ritmo, durou pouco mais de duas horas e meia. Está de parabéns a condução do senhor Nuno Nery, condescendente e criterioso q.b., que na função, foi assessorado pelo senhor dr. Carlos Santos.

 

Abriu praça Vitor Ribeiro, por nesse mesmo dia, á noite, ter agendada uma outra actuação, em Beja, por acordo entre os intervenientes, foi permitida a alteração da ordem por antiguidade, coube o primeiro toiro do curro enviado pela ganadaria Sommer D’Andrade. Lidando e cravando com a sobriedade e classe que se lhe reconhecem, nos dois compridos, quer depois nos quatro se se lhe seguiram, Vitor deixou marca para aqui voltar.

 

Joaquim Bastinhas, que goza aqui de uma popularidade e simpatia enorme, voltou a empolgar. Senhor de uma forma peculiar estabelecer ligação com o público, Joaquim Bastinhas arrebata e faz seguidores. Aos dois ferros compridos, bem preparados e colocados, seguiram-se três curtos, um de palmo e, a pedido do público, o ‘show Bastinhas’ a duas mãos.

 

Tito Semedo, depois de uma excelente preparação, deixou o primeiro de castigo de se lhe tirar o chapéu. Aliás como o segundo. Mas a emoção só apareceu depois de trocar de montada. O S. Estevão proporcionou um bom curto, mas no remate, o toiro derrubou o cavalo e cavaleiro, que uma vez no chão, Tito foi o alvo preferencial do Sommer D’Andrade, que o pisou e projectou para bem longe. Recomposto o cavaleiro, foi ainda no S. Estevão que Tito colocou dois bons ferros curtos.

 

Filipe Gonçalves, o homem do cavalo ‘que bate palmas’, o Xico, não teve de deitar mão a esse recurso para criação expectativa e ganhar o público. Com sortes para todos os gostos, Filipe Gonçalves veio à Póvoa para vencer, e venceu e convenceu nos oito ferros que assinou.

 

Marcelo Mendes, sem estar igual ao que já havíamos visto e registado no passado ano na Corrida de Rates, voltou a lidar e a cravar com temple e mando. Agradou e por isso foi incompreensível para o público, a sua recusa em saltar à praça no final da lide. Exigente, Marcelo sabe o que quer.

 

João Maria Branco, apresentado como uma promessa, confirmou o anúncio. Teve como oponente o mais pequeno dos Sommer, mas soube tirar partido da raça que tinha lá dentro, cravando oito generosos ferros, o que para um praticante, mostrou saber aproveitar a oportunidade.

 

Pegaram os Grupos de Forcados de Santarém, e de Tomar. Por Santarém, ao 1º. António Imaginário à 3ª. Tentativa, ao 3º. António Gomes Pereira à 2ª, e ao 5º. de cernelha, José Manuel Carrilho e David Romão. Por Tomar, ao 2º. Helder Paker à 3ª. Tentativa, ao 4º. Henrique Ferreira, também à 3ª., e ao 6º. Pedro Miguel, à segunda.

 

 

Autor: José Andrade

47ª CORRIDA TV… ÊXITO REDONDO, NO REDONDO

08.08.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

 

Organizada pela Casa de Pessoal da RTP, a 47ª Corrida TV, voltou este ano à bonita Vila alentejana do Redondo. E o Redondo voltou a saber receber. A noite da passada Sexta-feira, dia 5 de Agosto de 2011, vai ficar na memória das gentes e do historial do Coliseu do Redondo. Pela qualidade do desempenho dos cavaleiros e grupos de forcados intervenientes. Pelo curro de toiros da ganadaria dos Herdeiros de Varela Crujo, que deram jogo e permitiram o brilho das actuações, naturalmente diferentes, mas que imprimiram um constante interesse, emoção e envolvimento do público, que esgotou o recinto.

 

Uma grande noite de toiros que foi possível seguir pela televisão. Um espectáculo tauromáquico que encheu ‘até à bandeira’. Uma noite emotiva para a cavaleira Ana Rita, que tomou alternativa, e que a quem tocou em sorte um exemplar a gosto, ao qual soube, com entrega e emoção, imprimir uma lide correcta, variada e empolgante. O remate, com o seu já conhecido ‘violino’, foi a cereja no topo do bolo, numa noite inesquecível. No brinde que comovido que fez à drª Ana Freixo, presidente da Casa de Pessoal da RTP, e organizadora do evento, Ana Rita não esqueceu o saudoso Senhor Manuel Gonçalves, que muito a apoiou e nela acreditou.

 

A 47ª Corrida TV, foi uma noite de festa. Um êxito redondo em que tudo correu de forma a preencher o que se espera num espectáculo de emoção, arte e valentia, como o é, ou deve ser, uma corrida de toiros. Na lide a cavalo, Manuel Jorge Oliveira, mestre e padrinho de alternativa de Ana Rita, a quem coube lidar o segundo da ordem, mostrou que quem sabe, sabe. Sem pressas, dirigiu a lide, montando, preparando e cravando, como só quem sabe o faz. António Telles, em noite sim, lidou e cravou com gosto, e ao gosto que o oponente impunha. Uma lide ‘Telles’, que ganhou aficionados para a sua ‘peña’. Luís Rouxinol, entrou para dar réplica, e replicou, ‘à Rouxinol’. Desde a preparação do primeiro da ordem, até ao par a duas mãos de remate, foi empolgante. A ‘porta gaiola’ que Tito Semedo queria para início da sua intervenção, não resultou. Resultou sim, em momento complicado, quando o toiro colheu o cavalo, e prendeu uma das patas numa das hastes. Mas isso não serviu para esmorecer o cavaleiro, que cravou de seguida um muito bom curto, a que se seguiram mais dois e um de palmo, para remate. E quem rematou bem a arte de lidar toiros a cavalo, foi Marcos Bastinhas. Com muita lição da ‘escola’ paternal’, Marcos, que tem já matéria própria para mostrar, fechou com chave de ouro esta noite memorável no Coliseu do Redondo.

 

Os três Grupos de Forcados – Cascais, Académicos de Elvas e o do Redondo, com intervenções nem sempre à primeira e fáceis, na diversidade de concretizações, todas meritórias, foram também um dos condimentos, por isso mesmo, para o êxito do espectáculo.

 

Dos trofeus em disputa tiveram como vencedores: - ‘Casa de Pessoal da RTP’ para a melhor lide, foi para o cavaleiro, Luís Rouxinol, ‘Câmara Municipal do Redondo’ para a melhor pega, o forcado Hugo Figueira, do G.F.A. do Redondo.

 

Dirigiu, com discrição e acerto, o senhor Ricardo Pereira, assessorado pelo senhor dr. Infante Ferreira.

 

Autor: José Andrade