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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

RATES/PÓVOA DE VARZIM - 2ª. CORRIDA INTEGRADA NA AGROLEITE 2011 - OS ÚLTIMOS FORAM OS PRIMEIROS

18.07.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

O último toiro, foi o melhor. O último cavaleiro, Pedro Salvador, foi o melhor. A última pega, a única ao primeiro intento, por André Mata do Grupo de Alenquer, foi a melhor.

 

Com mais de três quartos de casa, a tarde de domingo, com sol q.b., teve no vento norte, a conhecida nortada poveira, um companheiro à altura. Tinha criado expectativa a corrida integrada na Agroleite, e que conta com o apoio generoso da Leicar, cooperativa leiteira sediada na Freguesia/Vila poveira, responsável pelo evento.

 

Pedro Salvador, que substituiu Joaquim Bastinhas, lidou o segundo e o sexto e último da tarde. Cumprindo com asseio nos dois compridos com que iniciou a tarde, só o primeiro dos três curtos, foi aceitável. Com dois bons compridos no último da tarde, deixou cinco ferros curtos num crescendo de muito boa nota para os três últimos. Não desmereceu ter sido chamado na substituição.

 

Marco José, que lidou ou tentou lidar, o primeiro e o quinto, teve nos dois de palmo que cravou no seu primeiro, um ar de graça. No quinto começou muito mal, o toiro é da cabeça até ao rabo, mas não vale exagerar. Redimindo-se do desnorte, cravou o segundo e terceiro curtos com boa preparação, rematando com um violino com boa nota.

 

O praticante Tiago Martins, a quem coube a lide do terceiro da tarde, mostrou vontade e entrega de quem quer competir, lidando e cravando com moderação.

 

Cristina Marques, teve pela frente o pior da tarde, distraído e rezingão. E como sem ovos não se fazem omeletas, Cristina intentou três compridos de recurso, e três curtos prolongados, que o toiro de Santos Silva estava virado para os vultos na trincheira e não queria ser incomodado.

 

Pegaram os Grupos de Forcados do Ribatejo e de Alenquer, capitaneados por, João Machacaz e Jorge Vicente. Aos do Ribatejo tocaram em sorte o 1º., pegado por Manuel Freitas à segunda, com uma ajuda a carregar. O 3º., por André Martins, à 4ª. só possível com a preciosa ajuda do cabo. E o 5º., agarrado à 7ª. tentativa por Bruno Cruz, um valente, que dobrou João Guerreiro, a quem coube em sorte  e saiu muito combalido no primeiro intento. O grupo de Alenquer, também não teve peras doces. Telmo Frazão só pegou o 2º. da tarde à 3ª. e com uma boa ajuda a carregar. Jaime Mendes só resolveu a papeleta do 4º. ao sexto encontro. O último da tarde proporcionou uma grande pega a André Mata.

 

O curro de toiros da ganadaria do senhor Santos Silva, igualados no peso e na apresentação, deram a lide possível a quem os entendeu. Bravos e com pata, agradaram.

 

O espectáculo, que decorreu numa praça desmontável, foi dirigido pelo Sr. Nuno Nery com acerto e cuidado, assessorado pelo veterinário, dr. Alexandre Carvalho.

 

Texto e Fotos: José Andrade

ARTE & EMOÇÃO - PROGRAMA Nº 13 - 23-7-2011 - SINOPSE

18.07.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

A inauguração da temporada na Nazaré é um dos temas do próximo programa.

 

Foi um grande espectáculo, com excelentes actuações da família Telles, que lidou um curro bravo de Santa Maria.

 

Oportunidade para ver os toiros de José Lupi e saber o que diferencia as ganadarias Rio Frio e Samuel Lupi.

 

Continuamos a divulgar “O Ciclo de Vida” do toiro de lide e a desvendar o sentido de algumas palavras.

 

Iremos ainda recordar a grande actuação de Rui Fernandes no passado dia 14 no Campo Pequeno e vamos conhecer uma família com fortes ligações à festa brava.

FORCADOS DE ALCOCHETE LANÇAM LIVRO

18.07.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

O Grupo de Forcados Amadores de Alcochete, que comemoram 40 anos de existência, lançam um livro retrospectivo no proximo dia 22, pelas 18h30, na Biblioteca de Alcochete.

LITERATURA TAURINA - "DA BARREIRA... 1943", DE SARAIVA LIMA

18.07.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Há sempre uma frase feita, pronta a cair do bico da pena, e que precisamos evitar a todo o custo.
Recear que a tinta se entorne so­zinha...
JULIEN GREEN

O toureio, nunca é de mais repeti-lo —- mormente na presente ocasião em que o público de toiros anda desorientado, pela diversidade de opi­niões que até ele chegam — é uma arte com prin­cípios determinados, que constituem a sua própria essência. Pode evolucionar, pode revestir diver­sas características, mas no fundo tem regras que não podem ser postergadas.
Tourear é estar parado diante dos toiros, aguar­dar com calma a sua investida, aguentá-los, fa­zendo-os passar junto do corpo e, no momento próprio, dar-lhes a saída, marcando-lhes o cami­nho que o toureiro escolheu. £ se a tudo isso o artista puder acrescentar a determinação da velo­cidade, templando, toureia de verdade. Quem não fizer isso pode ser um toureiro como tantos, mas nunca uma figura.
O toureiro tem de ser valente, e a valentia é definida por Montes como sendo a qualidade de estar diante de um toiro com a mesma serenidade como se ele lá não estivesse. Mas a valentia deve demonstrar-se no momento oportuno, e aquele que intente fazer uma sorte sem que o toiro esteja numa situação devida para tal, não é valente, é apenas temerário.
E, nessa hipótese, acrescenta Montes, quem fi­zer isso só denota pouco conhecimento, e só por casualidade se livra da cornada.
O toureiro deve ser ágil, mas a agilidade não consiste em mover-se constantemente dum para o outro lado, de forma a que os pés nunca se fixem no solo, porque isso constitui um defeito muito grave e «es distintivo del mal torero», ensina Mon­tes. A agilidade consiste em mover-se com ligei­reza, mas parar e mudar de direcção com grande presteza. E esse dom conhece-se bem quando o toureiro, tendo o toiro em cima dele, sabe esquivar a cornada.
Por fim, a última — mas que é a primeira em importância —• qualidade do toureiro é o perfeito conhecimento das regras da sua arte. Quem tiver as duas qualidades indicadas em primeiro lugar poderá tourear com perfeição, se conhecer as re­gras do toureio.
E Montes é lapidar na sua síntese: «Por conseguiente, el conocimiento es la prin­cipal cualidad del buen torero; debe ser su guia en todas las suertes, sirviendole el valor para que ninguna le arredre y la ligereza para executarlas con seguridad y perfeccion».
Definidos assim os requisitos do bom toureiro, vejamos a que regras deve obedecer o seu trabalho.
É na faena de muleta que ele, hoje mais do que nunca, se revela.
Pode-se passar bem de capote, podem pôr-se bandarilhas com maior ou menor habilidade, mas só quem tourear bem de muleta pode ser um bom toureiro.
A faena de muleta deve ajustar-se — em face das condições do toiro, é claro •— a três regras.
Em primeiro lugar, deve ser feita à base da mão esquerda. A mão direita é destinada ao estoque, a muleta fica na esquerda. Os passes fundamentais — e perdoem os leitores a insistência — são o na­tural e o de peito, dados ambos com a mão esquerda. Os passes ajudados, em que ambas se jun­tam, e todos os outros mais ou menos vistosos, são passes de recurso. Isto não quer dizer que quem dá esses passes não seja toureiro. Mas para o ser tem de dar os outros. Ë que o natural e o de peito são a pedra de toque de todo o bom artista.
A faena de muleta deve ser ligada, e com os passes característicos, e não com aquelas trapaças, «de pitón a pitón», como se diz em Espanha. Isso nada representa, porque qualquer passe, seja ele fundamental ou de recurso, deve ter princípio, meio e fim.
Por último, o trabalho de muleta deve ser exe­cutado, sempre que isso seja possível, no mesmo sítio. O verdadeiro artista deve saber onde o toiro se presta a maior luzimento, e toureá-lo de prefe­rência aí. E nunca andar atrás do animal, como que a pedir-lhe que se deixe tourear.
É claro que nem todos os toiros se prestam a faenas em que o espada atinja a perfeição. Mas quanto mais se aproximar desse ideal'—e o óptimo é muitas vezes inimigo do bom — maior é o artista. E, sobretudo, o bom toureiro deve tirar do animal que tem na sua frente o máximo rendimento. E ir tourear para junto dos currais, como há dias vimos, um toiro que investia suavemente, e que por isso se prestava a uma grande faena, se ela fosse feita noutros terrenos, denota uma de duas coisas: que o artista não se apercebeu do valor do seu antagonista, ou que não tinha garras para fazer «Ia faena cumbre».
Ë que os toiros devem ser toureados conforme as suas condições. Se são mansos, dão-se-lhes as tábuas; se são bravos, toureiam-se no meio da praça. Isto pelo que respeita à muleta.
O toureio de capa, hoje que caiu em desuso a navarra, tem uma sorte fundamental, a verónica. E é fundamental porque na verónica se pode pa­rar, mandar e templar, o que não sucede com ou­tros passes de capote. E a verónica é tanto mais perfeita quanto mais parado o artista estiver, mo­vendo apenas os antebraços, ou até só os pulsos, quanto mais o toureiro indicar ao toiro o seu ca­minho, carregando a sorte com a perna contrária àquela de onde investe o toiro, e quanto mais
suave e demorada for. Quem não tourear bem à verónica não é um grande toureiro com o capote. Podem fazer-se coisas bonitas com este, desde esse quite genial da mariposa, inventado por Marcial Lalanda, até ao passe de frente por detrás, que Rodolfo Gaona — que com Armilita foram os dois únicos grandes toureiros que o México nos mandou — tanto prodigalizou.
Mas é na verónica, quando ela é cingida, pa­rada e suave, que se vê o verdadeiro artista.
O paron— esse passe que se dá com os pés juntos, deixando passar o toiro muito cingido, é vistoso, mas de valor precário. Nele o toureiro limita-se a aproveitar a marcha do toiro, sem lha determinar, isto é, sem mandar.
Todos estes passes podem ser dados depois do toureiro tourear bem à verónica. Mas dá-los, sem a executar correctamente, antes deles, é sintoma de que o artista é pouco profundo.
Finalmente, a sorte de bandarílhas. Acho natu­ral que o público português aprecie esta sorte, à falta da de varas e da estocada. Mas é a mais fácil de executar. Há até em Espanha quem proponha a sua supressão, por motivos que um dia apre­ciarei.
Todavia, na sorte de bandarílhas também pode haver grandes toureiros. Mas a sua precisão só se pode avaliar no momento da reunião. Se o toureiro crava as bandarílhas dentro da córnea do toiro, bem está. Mas se as crava depois da cabeça pas­sada, a sorte perde todo o seu valor. O público deve ver o tercio de bandarilhas não pêlos seus resul­tados, mas pela forma por que elas forem crava» das, deixando chegar o toiro, entrando-lhe de frente, levantando bem os braços e cravando-as «en su sitio».
É esta a razão por que as bandarilhas curtas carecem de valor. Nelas o toureiro tem de exe­cutar a sorte, já com a cabeça passada e portanto fora do alcance, visto não ter espaço material para as cravar como mandam as regras.
Creio que estas noções elementares, tiradas dos imortais princípios, são mais do que oportunas no momento que passa.
Se não devemos incensar qualquer artista, sem motivo justificado, é justo, todavia, que lhe re­conheçamos o seu valor. Se ele faz tudo de quanto é capaz para. nos agradar, é merecedor dos nossos entusiásticos aplausos. Mas é preciso que a nossa admiração, e a gratidão por ele procurar satisfazer--nos, se não transformem em idolatria. Ê que esta é, na mor parte das vezes, consequência da falta de conhecimentos, melhor dizendo, da ignorância dos verdadeiros princípios.
E um público que este ano já viu tourear Ortega, Belmonte, Pepe Luís e Bienvenida, e que todos os dias pode aplaudir Simão e Núncio, não tem o direito de se deixar arrastar, aplaudindo o que de oiro só tem a cor.
E que, assim, os aplausos que dirige àqueles grandes artistas carecem de valor.
E faz-se uma figura muito triste...

Saraiva Lima, in “Da Barreira… 1943”

CAVALEIRO MARCELO MENDES ACTUARÁ EM NISA, LOURINHÃ E BENCANTEL

18.07.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

O jovem promessa da Tauromaquia, Marcelo Mendes, vai integrar os cartéis das corridas alentejanas de Nisa e Bencantel e ainda na Lourinhã, que se realizam no final do mês.

 

No próximo dia 29 de Julho, Marcelo Mendes vai marcar presença na Praça de Toiros de Nisa, pelas 22h, na tradicional corrida de toiros à portuguesa da bonita localidade.

 

O cartel desta corrida é composto por Luís Rouxinol, Francisco Cortes e Marcelo Mendes, que vão fazer frente a 6 imponentes toiros da Ganadaria Casa Agrícola Avó. As pegas ficarão a cargo dos forcados amadores de Tomar e de Alter do Chão.

 

No dia seguinte, pelas 22h15, participará a Corrida dedicada ao Emigrante na Lourinhã onde reparte cartel com o Mestre Joaquim Bastinhas e com Marcos Tenório perante 6 toiros da Ganadaria de Luis Sousa Cabral. Os grupos de forcados presentes serão os Académicos de Elvas, Alenquer e Arruda dos Vinhos.

 

Logo de seguida Marcelo Mendes desloca-se a Bencatel, onde irá actuar na Praça de Toiros da localidade, no dia 31 de Julho, com os cavaleiros Manuel Telles Bastos e Maria Mira. As pegas ficarão a cargo dos forcados amadores do Pinhal Novo e de Bencantel. Os toiros serão da ganadaria de David Ribeiro Telles.

 

Desde que tomou a alternativa em Maio de 2011, o recém cavaleiro profissional tem somado sucessos na sua carreira tendo já conquistado um prémio de “melhor lide”.

 

www.marcelomendes.eu

LEANDRO SUBSTITUI CAYETANO RIVERA ORDOÑEZ

18.07.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

O matador de toiros espanhol Leandro será o substituto do lesionado Cayetano Rivera Ordoñez, na corrida da próxima quinta-feira, no Campo Pequeno.

 

A estreia de Leandro no Campo Pequeno, um diestro cuja forma de interpretar o toureio o posiciona no grupo dos toureiros artistas, surge no ano em que se encontra anunciado nas principais feiras de Espanha e França, ao lado dos grandes nomes do toureio actual.

Leandro, de seu nome Leandro Marcos, tomou alternativa em Valladolid, a 13 de Maio de 2002, das mãos de Paco Ojeda, com o testemunho de José Tomás, tendo saído em ombros nessa tarde, depois de cortar as orelhas a um toiro de Garcigrande.

 

Confirmou em Madrid, a 18 de Maio de 2004, apadrinhado por Uceda Leal, e com o testemunho de Antón Cortés, lidando toiros de El Torreón.

 

O cartel para 21 de Julho, no Campo Pequeno, a Grande Corrida Correio da Manhã, fica composto pelos cavaleiros João Moura Júnior e João Ribeiro Telles Júnior, o matador Leandro e os grupos de forcados amadores da Chamusca e Amadores do Aposento da Chamusca.

 

Serão lidados 4 toiros de Francisco Romão Tenório, para cavalo e 2 de Benjumea (Nuñez del Cuvillo), para pé.