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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

TRIUNFO DE SALGUEIRO DA COSTA EM LISBOA. BONS TOIROS DE PINTO BARREIROS

03.06.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Praça de Toiros do Campo Pequeno – 02.06.11

Director: Pedro Reinhardt – Veterinário: Patacho de Matos – Lotação: ¾

Cavaleiros: Brito Paes, Moura Caetano, Manuel Telles Bastos, Marcos Bastinhas, Duarte Pinto, Salgueiro da Costa

Forcados: Vila Franca, Ap. Moita

Ganadaria: Pinto Barreiros

 

O País pode assistir ontem, em directo via RTP (tal como eu comodamente instalado num sofá), ao triunfo do cavaleiro praticante João Salgueiro da Costa na Corrida das Dinastias que teve lugar no Campo Pequeno, o que lhe valerá a repetição numa próxima corrida, e onde se lidou um bom curro de toiros de Pinto Barreiros, bem apresentados e com boas condições de lide (apenas o terceiro teve problemas de visão) e com o ganadeiro a ser justamente chamado no final da corrida.

 

Brito Paes abriu praça e desenvolveu uma lide com alternância de momentos e onde dois curtos foram de boa nota. Não resultou a tentativa de cravar o primeiro da noite em sorte de gaiola mas soube adaptar-se bem ás condições do toiro.

 

Moura Caetano lidou um bom toiro e também não conseguiu lide redonda. Bons momentos na cravagem com outros de menor valia e boa brega, numa lide que foi agradável e mostrando ter ultrapassado a perda do seu cavalo craque, o «Passapé».

 

Manuel Telles Bastos entendeu-se com um toiro reparado da vista e que cedo se começou a adiantar às montadas. Deu-lhe a lide “possível”, procurando os melhores terrenos e cravando dois curtos de boa nota.

 

Marcos Bastinhas desenvolveu lide agradável e com alguns bons momentos, nomeadamente o 2º curto e o par de bandarilhas com que fechou a sua actuação frente a um colaborante Pinto Barreiros.

 

Duarte Pinto mostrou a sua classe na brega e na abordagem serena das sortes, indo quase a passo para o toiro, provocando as investidas e cravando bem. Mais uma actuação convincente do cavaleiro de Paço de Arcos.

 

Em sexto lugar exibiu-se Salgueiro da Costa frente a um toiro demais vibrantes investidas e que lidou a contento, com sabedoria e alguns pormenores de classe toureira, com bons ferros e boa brega, vindo a vencer justamente o prémio de melhor actuação e que lhe permite voltar ao Campo Pequeno.

 

Em praça estiveram ainda os Forcados Amadores de Vila Franca que concretizaram as suas pegas de caras todas ao primeiro intento por intermédio de Pedro Castelo, Ricardo Patusco e Bruno Casquinha, e os Amadores do Aposento da Moita que, também à primeira, tiveram na cara dos toiros Pedro Brito de Sousa, Tiago Ribeiro e Nuno Inácio.

 

Direcção do Delegado Técnico Tauromáquico sr Pedro Reinhardt assessorado pelo veterinário Dr Patacho de Matos. O cornetim José Henriques cumpriu (já na 2ª metade da corrida) 40 anos como cornetim privativo do Campo Pequeno, efeméride que se saúda.

DE FORA PARA DENTRO: QUE ENTENDAM A MENSAGEM!

03.06.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

 

Foi a teimosia e o empenho de outsider, um dos que não têm envolvimento directo na gestão da Festa Brava em Portugal, um dos que são aficionados defensor das tradições por convicção, de seu nome Francisco Moita Flores, que começou a circualr, há menos de um ano, a Petição em Defesa da Festa Brava. E se na jornada de Outubro em Santarém já existiam mais de 50 mil assinaturas, ontem, no Campo Pequeno, foi com regozijo que todos escutámos que as 100 mil assinaturas que Moita Flores havia proposto como meta, já haviam sido alcançadas. O primeiro proponente desta Petição estava emocionado quando falou para os que estavam na praça e em casa e assistiam à corrida via RTP.

 

É preciso agora que os de dentro, os do sistema, entendam a mensagem. E que a bola de neve continue a engrossar e sejam os novos deputados a eleger domingo, dia 5, obrigados a declarar a Festa Brava como Bem de Interesse Cultural em Portugal, a exemplo de França.

 

Bem-haja dr. Moita Flores pelo arrojo da sua iniciativa.