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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

A PROMOÇÃO DE NOVOS VALORES TROCADA POR RECORTADORES...

31.05.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

 

Só neste Portugal onde a tradição é mandada constantemente às urtigas é que estes factos passam despercebidos e sem reacções fortes e enérgicas . Trocar a promoção de jovens valores, em garraiadas, vacadas e variedades taurinas pelos importados recortadores espanhóis não me parece nem uma boa ideia nem um bom investimento pois não trará resultados futuros na assistência a corridas de toiros nem criará novos aficionados. Antes pelo contrário. E que fique bem claro que nada tenho contra essa forma de tauromaquia popular ancestral.

 

Desde sempre lembro, e confronto anos muito mais distantes e antes até da minha meninice com os cartéis e revistas antigas, de existirem muitos espectáculos com amadores nas praças de maior e menor importância taurina. E se as vacadas eram espectáculos de iniciação e os artistas iam, aos poucos, apredendo o ofício, hoje apenas os das escolas de toureio – a pé - têm algumas facilidades pois os ganadeiros abrem-lhes os tentaderos e existem algumas novilhadas onde podem tourear.

 

A tauromaquia dos recortadores nada tem a ver com a corrida de toiros na sua essência. E se tem cabimento em determinadas zonas de Espanha, tal como a corrida landesa em França (Camarga), em Portugal não faz sentido: temos amadores cavaleiros e espadas e forcados que merecem continuar a ter as suas oportunidades.

 

Dir-me-ão os organizadores dos espectáculos tauromáquicos (que não são empresários na verdadeira acepção da palavra pois visam apenas o lucro imediato e não o investimento com hipóteses de retorno a curto, médio e longo prazo) que as taxas e licenças a pagar por um espectáculo menor são elevadíssimas e não se justificam. Compreendo, aceito e reclamo por esse facto. Mas, então, que façam aulas práticas de toureio, envolvendo os ganadeiros, os artistas, as tertúlias e clubes taurinos, a comunicação social taurina e não só, potenciais investidores publicitários, e avancem. É a única forma de semear para um dia mais tarde poder colher.

 

Dar espectáculos com recortadores conduzirá a aumentar o número de espectadores ás corridas formais? Sem dúvida alguma que não. É um espectáculo agradável e sem ferir susceptibilidades junto de uma franja interessante de espectadores? Sem dúvida. Poderá conduzir a uma situação idêntica à que se vive no Canadá e nos EUA na Califórnia? Quiçá!

 

Senhores empresários: já repararam que se juntarem 3 dos novos cavaleiros (com menos de 5 anos de alternativa) num mesmo cartel ou dois e dois matadores portugueses, o público não se convence facilmente e as lotações são muito mais reduzidas? Tudo porque não foi feito o tal trabalho de promoção que nos anos 70 e 80 se fazia e que fez de mim e de muitos outros aficionados. Depois queixam-se das fracas bilheteiras mas...

 

 

CORRIDA DE SOLIDARIEDADE DIA 10 DE JUNHO EM FORTE DA CASA

31.05.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Um ano mais a vila de Forte da Casa, freguesia de Vila Franca de Xira, receberá no próximo dia 10 de Junho uma corrida de toiros integrada nas Festas Anuais em Honra do Sagrado Coração de Jesús.

 

De cariz solidário, já que toda a receita proveniente do espectáculo reverterá integralmente a favor do IAC – Instituto de Apoio à Comunidade, volta a apostar tal como no ano transacto numa corrida mista, no qual junta no mesmo cartel três artistas de enorme valor artístico, como são o caso dos cavaleiros Sónia Matias e Marcelo Mendes – o mais recente cavaleiro de alternativa português -, e o matador de toiros português António João Ferreira. As pegas desta tarde estarão a cargo dos amadores de Vila Franca e Azambuja, capitaneados por Ricardo Castelo e Fernando Coração, respectivamente. Os toiros a lidar nesta corrida pertencem à ganadaria de Nuno Casquinha.

A corrida tem início marcado para as 17 horas, e terá preço único de 15 Euros

 

BOMBERO TORERO EM MARINHA GRANDE

31.05.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

 Com o intuito de fomentar a tauromaquia nos jovens, a empresa Tauroleve levará a efeito no próximo sábado, dia 4 de Junho, pelas 18 horas um espectáculo cómico-taurino musical, com a troupe Bombero Torero e seus anões toreros.

Um espectáculo onde a alegria, cor estarão de mãos dados para felicidade das crianças e dos mais graúdos.

 

 

 

OLÉ Nº 226 - AMANHÃ NAS BANCAS

31.05.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Olé Jornal de TauromaquiaNº 226

  §  Nas bancas dia 1 de Junho – Quarta-Feira

  §  (http://jornalole.blogspot.com/)

 

Destaques desta semana:

 

- EDITORIAL: Requiem por um Cavalo - O Passapé

 

- BILHETE POSTAL: Transmissões televisivas

 

- ORTENA CANO - Grave acidente de viação

 

- CONCURSO DE RECORTADORES INTERNACIONAL em Arruda dos Vinhos

 

- CASQUINHA – 37º Matador de Toiros Português, com Mérito e Saída em Ombros

 

- MONTIJO - Tarde difícil de contrariedades


- Madrid – Feira de S. Isidro: Palco de sonhos …. Palco de tormentos…

 

- ÉVORA –  52º Concurso de Ganadarias: A Bravura de Canas Vigouroux vence em Évora

 

- SOCIAL: Évora- Concurso de Ganadarias

 

- MEMÓRIAS DA FESTA

 

- NOVA PRAÇA DE TOUROS de Azambuja

 

- TAUROMAQUIA ATLÂNTICA: De Isabel Coelho da Silva - “JAF – Ganadaria da Ilha Terceira”

 

- O OLÉ chega ao Agrupamento de Escolas do Concelho de Alter do Chão

 

- Corrida de Solidariedade: dia 10 de Junho em Forte da Casa

 

- Puyas y Puyazos

 

- FESTIVAL EM SERPA: Filho de Rouxinol estreia nas arenas

 

- Figuras do passado – José Mestre Batista

 

- AGENDA TAURINA

 

- QUITES & FENAS: O Temple

 

- Debate na Mouzinho da Silveira (Portalegre)

 

- Bombero Torero em Marinha Grande

CASQUINHA – 37º MATADOR DE TOIROS PORTUGUÊS, COM MÉRITO E SAÍDA EM OMBROS

30.05.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Praça de Toiros de Villanueva del Fresno – 29.05.11

Javier Solis (orelha – 2 orelhas)

Julio Parejo (orelha – saudação)

Nuno Casquinha (orelha – orelha)

Ganadaria: Herds. Bernardino Píriz

 

Os poucos portugueses que se deslocaram a Villanueva del Fresno para assistir à alternativa de Nuno Casquinha, agora convertido no 37º matador de toiros português, saíram satisfeitos seguramente pois o jovem toureiro vilafranquese mostrou maturidade na lide dos dois toiros do seu lote, construindo com mérito duas faenas que lhe valeram o prémio de duas orelhas e a respectiva saída em ombros, acompanhado do padrinho da cerimónia Javier Solis que levou três orelhas no «esportón».

 

Eram 17h45 quando Javier Solis cedeu os «trastos» de tourear a Nuno Casquinha, impecavelmente vestido com um traje verde e oiro, acto testemunhado por Julio Parejo. Casquinha havia recebido o toiro “Atarfero”, marcado com o nº 32, com belas verónicas. E a faena de muleta, ante um toiro de escasso recorrido mas nobre, foi consistente na forma como se colocou para lhe sacar os passes por ambos os pitóns, com mérito. Insistiu e conseguiu resultados obrigando o toiro a investir, para rematar com pinchazo e estocada que lhe valeu a primeira orelha enquanto matador. No seu segundo, um imponente castanho e que teve recorrido, Nuno Casquinha desenhou uma faena de muleta expressiva, com qualidade por ambos os pitóns, mandando e templando as investidas, levando-as bem metidas nos voos da muleta e com alguns naturais de muita expressividade. Foram bons momentos de toureio e se a espada não fica um pouco descaída teria melhor prémio que a orelha que cortou e que lhe permitiu a saída em ombros.

 

Javier Solis teve um primeiro toiro de classe e recorrido e frente ao qual desenhou bons lances de capote e uma faena de muleta com boas séries por ambos os pitóns, bem conseguidos os naturais e os derechazos, alguns com profundidade. Faena interesssante e com mérito no aproveitar das bondosas investidas do toiro, rematada com um descabelho após pinchazo e pinchazo fundo, coroada com o corte de uma orelha. No seu segundo, uma faena menos intensa ante toiro que não deu muitas facilidades mas ao qual o matador conseguiu sacar tandas por ambos os pitóns e, ainda que sem a intensidade da primeira, com alguma qualidade. Estocada em bom sítio e duas orelhas.

 

Em terceiro lugar saíu um toiro que serviu para que Julio Parejo construisse uma faena com algum interesse, nomeadamente no toureio pelo lado diretio, intercalando alguns naturais num conjunto de actuação que não ultrapassou a mediania apesar de terminar em crescendo. Cortou uma orelha após boa estocada. No que foi quinto, um “cinqueño” que era bruto, aproveitou o seu bom piton esquerdo, havendo-se a contento e com alguns bons muletazos. Não esteve feliz a matar e teve direito a saudar nos tércios.

 

Os toiros de Herdeiros de Bernardino Piriz foram desiguais de tipo, de presença e de condições de lide, destacando-se pela positiva segundo e sexto.

 

Fotos: António Lúcio

CANAS VIGOROUX RECEBEU PRÉMIO «BRAVURA» EM ÉVORA E PALHA O DE APRESENTAÇÃO. JOÃO PEDRO SOUSA AUTOR DA MELHOR PEGA

29.05.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Praça de Toiros de Évora – 27.05.11

52º Concurso de Ganadarias

Director:  Agostinho Borges – Veterinário Matias Guilherme – Lotação: - ½ casa

Cavaleiros:  João Moura, Vitor Ribeiro, Marcos Bastinhas

Forcados: Évorta, Alcochete

Ganadarias:  Palha, Fernandes de Castro, Grave, Passanha, Pégoras, Canas Vigoroux

 

Foi um bom concurso de ganadarias o 52º de Évora, em que houve toiros a darem bom jogo e permitam mais do que aquilo que os cavaleiros fizeram e a RTP mostrou, numa transmissão marcada por muitas falhas de imagem... Canas Vigoroux, com o toiro «Sérvio» saído em 6º lugar e que pesou 500 kg, foi o justo vencedor do prémio “Bravura”, enquanto o de Palha saído em 1º lugar e com 610 kg levou o prémio “Apresentação”. No capítulo das pegas, João Pedro Sousa (Alcochete) foi justo vencedor do troféu, pela forma como consumou a pega de caras ao 4º da noite.

 

Em primeiro lugar saíu “Cartolino”, nº 320, 610kg, de Palha, bonito de tipo, a cumprir bem, com nobreza e suavidade durante a lide que lhe foi ministrada por João Moura, o qual se houve a contento.

 

O segundo da ordem era de Fernandes de Castro, com 555 kg, nº 148 e de nome “Voluntário”. Não o foi tanto como isso, mostrando-se distraído mas carregando após os ferros que Vítor Ribeiro lhe deixou numa lide sem grandes destaques.

 

Em terceiro lugar saíu o de Grave, de nome “Franciscano”, nº 125 e 550 kg, bonito de tipo, na antiga linha da ganadaria, reservado e sem ganas de investir. Marcos Bastinhas destacou-se no par de bandarilhas com que rematou a sua actuação.

 

De Passanha era o  quarto da ordem, de nome “Fogonero”, marcado com o nº 44 e 603 kg, um toiro que teve qualidade e onde João Moura cravou a preceito e em crescendo.

 

O quinto foi de Pégoras, de nome “Retratista”, nº 57 e 560 kg, de bom tipo, com presença e a cumprir na lide de Vítor Ribeiro que o recebeu com um ferro em sorte de gaiola e desenvolveu razoável lide.

 

Finalmente o de Canas Vigoroux, de nome “Sérvio”, 500kg, marcado com o nº 222, e que foi em crescendo, com casta, enraçado e impondo respeito e com Marcos Bastinhas a corresponder.

 

Pelos Amadores de Évora foram solistas Bernardo Patinhas à 1ª, António Alfacinha à 2ª e Manuel Rovisco à terceira, enquanto que pelos de Alcochete foram á cara dos toiros Fernando Quintela, à 1ª tal como João Pedro Sousa e Vasco Pinto consumou ao segundo intento.

 

Direcção acertada de Agostinho Borges assessorado pelo veterinário Matias Guilherme perante cerca de meia casa.

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