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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

FINALMENTE, UM ESTUDO SÉRIO SOBRE A ACTIVIDADE TAURINA EM PORTUGAL

18.04.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

“Actividade Taurina em Portugal” é o título do estudo de opinião pública elaborado pela Eurosondagem  para a PRóTOIRO e realizado no passado mês de Março com um total de 1133 entrevistas divididas por 3 grupos etários – 15 a 30 anos; 31 a 59 anos e + de 60 anos)  e 5 Regiões – Norte, AM Porto, Centro, AM Lisboa, Sul -  e onde se demonstra INEQUIVOCAMENTE o peso e a importância que os portugueses dão à Tauromaquia.

 

Quando questionados relativamente à postura face aos espectáculos com toiros, cerca de 1/3 (32,7%) diz-se aficionado e apenas 11% é contra a realização de espectáculos com toiros, sendo que dos restantes 53,4% se mostram indiferentes 20,6% e 32,8% não sendo aficionados propriamente ditos não concordam que se limite a liberdade dos que gostam.

 

No tocante ainda a esta questão, e se analisarmos as respostas por Região, a maioria dos que se dizem aficionados está na Região Centro (38,5%) e no Sul (32,7%), seguidos por AM Porto (31,9%), AM Lisboa (31,0%) e Norte (27,1%), ao passo que os que são claramente contra se distribuem por Norte (14,2%), AM Lisboa (11,6%), AM Porto (10,4%), Centro (9,2%) e Sul (9,1%).

 

Outra das questões colocadas tem a ver com a legislação relativa aos espectáculos com toiros, questão dúbia na forma como é colocada mas que, uma vez mais e apesar de mal formulada, permite resultados com diferenças abismais: enquanto 56,5% dos inquiridos concorda com a legislação existente, apenas 24,5% é contra a ctual legislação e e acha que se deve restringir ou proibir as actividades com toiros, mantendo-se de alguma forma a distribuição regional tal com na questão relativa à postura face ao espectáculo.

 

Mas para além de todas as considerações, há uma questão de enorme relevância: a da gravidade da perda de identidade cultural de Potugal com o desaparecimento da tradição taurina. A resposta é esmagadora: em primeiro aparece a resposta «é muito grave» e em segundo (percentagem também) a resposta «é pouco grave»:

  • Centro – 72,3% - vs 19,3%
  • AM Lisboa – 69,9% - vs 19,5%
  • AM Porto – 65,2% - vs 17,7%
  • Norte – 56,5% - vs 24,2%
  • Sul – 49,5% - vs 36,1%

 

Quanto a imagem que o espectáculo de toiros projecta do País, é entendida como muito positiva por quase 2/3 dos inquiridos, com predominância na AMLisboa (61,3%) e Centro (60,7%), enquanto que achama que dá uma imagem negativa do País menos de 4% dos inquiridos (AM Lisboa com 4,9% e Centro com 3,9% são os mais destacados).

 

No referenteà importância para o turismo e outros sectores económicos, é a AM Porto que fica na frente (53,9%) achando a actividade tauromáquica muito importante, seguida pelo Centro com 51,9% e o Sul com 46,4%. Ou seja, transversalmente a todo o País, a opinião dominante é a da grande importância em termos turísticos da Festa Brava, mostrando também o seu relevo na área da pecuária.

 

Quanto ao tipo de espectáculo preferido, é sem dúvida, e de Norte a Sul a corrida à portuguesa só com cavaleiros e forcados, com valores superiores a 55%, sendo que no tocante ao toureio a pé as preferências centram-se na AM Porto (9,2%); nas corridas mistas é o Centro quem domina (8,8%), enquanto as largadas nas ruas têm mais apreciadores na AM Lisboa (13,5%) e Sul (12,4%).

 

Muito se poderia ainda retirar, em termos de análise, deste excelente trabalho. Os números apresentados não deixam margem para dúvidas: a Tauromaquia faz parte da ideosincrasia do Povo Português.