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A Monumental Praça de Touros Amadeu Augusto dos Santos no Montijo, será o palco para a
homenagem nacional que irá ser prestada a José João Zoio, falecido no ano de 2009.
Este grande acontecimento, terá lugar no dia 25 de Setembro, pelas 17 horas, e contará com 12 cavaleiros em praça, que a duo irão lidar seis touros de Ruy Gonçalves.
Desta forma, os seis touros serão lidados a duo pelos cavaleiros:
- Manuel Jorge de Oliveira / António Brito Paes
- Joaquim Bastinhas/ Marcos Tenório
- António Ribeiro Telles / Ribeiro Telles Bastos
- Rui Salvador / Duarte Pinto
- João Salgueiro / João Salgueiro da Costa
- Francisco Cortes / Manuel Lupi
Neste dia as pegas estarão a cargo dos Forcados Amadores de Santarém, Lisboa e Alcochete, num espectáculo abrilhantado pela Banda da Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense.
Salientamos ainda que Cavaleiros, Bandarilheiros e Forcados irão actuar graciosamente,
visto que o lucro deste espectáculo reverterá a favor da Família de José João Zoio.
30 DE JULHO
MONTIJO - 22H - Paulo Caetano, Diego Ventura, Francisco Palha. Forcados de Santarém e Alcochete. Toiros Mª Guiomar Moura
31 DE JULHO
Cabeço de Vide - 18h30 - João Moura, Brito PAes e Miguel Moura. Forcados de Portalegre. 4 toiros e 1 novilho de João Moura
Vimieiro - 21h30 - Francisco Cortes, pedro Salavdor, Manuel Teles Bastos, Manuel Comba. Forcados de Coruche e Moura. 6 toiros e 1 novilho de Lopes da Costa
Niza - 22h - Rui salvador, João Cerejo, Filipe Vinhais e Marcelo Mendes. Forcados de Portalegre, Cascais e Alter do Chão. 6 toiros de Vila Galé
Setubal - 22h - Luis Rouxinol, Sónia Matias, Moura Caetano. Forcados de Alcochete e Setubal. Toiros de Paulo Caetano
Salvaterra de Magos - 22h - Ana Batista, João Telles Jr e Tiago Carreiras. Forcados de Vila Franca e Salvaterra. Toiros Vinhas
4 DE AGOSTO
Albufeira - 22h15 - Luis Rouxinol, Ana Batista, Manuel Teles Bastos. Forcados de Évora e Alcochete. Toiros de Sesmarias Velhas
5 DE AGOSTO
Campo Pequeno - 22h15 - Joaquim Bastinhas, Ana Batista, Marcos Bastinhas, Isabel Ramos. Forcados de Moura, Académicos de Elvas e Redondo. Toiros de David R.Teles
Alvor - 22h30 - João Moura, Filipe Gonçalves, Brito Pais. Forcados do Aposento da Moita. Toiros Vinhas e Cunhal Patricio
QUEM assiste a uma corrida de toiros em Portugal depois de ter presenciado o espectáculo tauromáquico tal como se realiza em Espanha, em grande parte da América Latina, e no sul da Franca, facilmente se aperceberá das profundas diferenças que o caracterizam e lhe conferem como que uma feição de jogo, em oposição aos aspectos de luta tão claramente visíveis nos restantes países. Questão de personalidade, ou de maneira de sentir? Nem uma nem outra coisa; apenas subordinação a uma continuidade que o tempo converteria em tradição, por tal forma que as diferenças fundamentais se mantém, apesar mesmo das muitas tentativas de uniformidade que se têm registado.
O espectáculo tauromáquico, retintamente ibérico, era um só e, como se referiu, rodeado de enorme aparato, essencialmente palaciano, já que eram fidalgos os toureadores e patrocinados pelas pessoas reais os festejos correspondentes.
No princípio do século xviii, começam a estabelecer-se diferenças fundamentais nos dois espectáculos taurinos peninsulares em consequência da súbita modificação operada em Espanha quando Filipe V faz com que os fidalgos deixem ao povo as arenas e lhes permite o desenvolvimento de um toureio novo. E depressa essas diferenças tomam as maiores proporções porque para tal decisivamente concorreria o espírito dos soberanos portugueses de então, especialmente D. João V e D. José I, em cujas cortes tudo é faustoso e cavalheiresco. Em tal ambiente, a figura principal da tourada portuguesa teria de ser o cavaleiro e essa hegemonia mais haveria de fortalecer-se quando em Portugal foi abolida a morte do toiro em praça e sobretudo, quando a presença do moço de forcado, com a sua feição nacionalíssima, vem dar carácter mais pronunciadamente português ao espectáculo taurino da nossa terra.
Apesar disso e durante largos anos, embora com carácter quase sempre excepcional, foram incluídos nos cartazes nacionais a lide de alguns toiros por matadores espanhóis que, agindo a pé, mantinham o público português ao corrente da evolução artística que nesse sector do toureio se ia registando. E foi, talvez, o apuro técnico e a excelência artística alcançadas que, tirando ao toureio a pé todos os aspectos da antiga feição popular, o tornou mais compreensivo para os portugueses, decidindo-os a praticá-lo tal como nos outros países, provocando um movimento que necessariamente, haveria de reflectir-se na própria estrutura do espectáculo, agora realizado em Portugal e que apresenta uma variedade que se não regista em qualquer outro lugar do mundo taurino.
No entanto e justamente por isso, convém realçar os aspectos verdadeiramente portugueses que residem no toureio a cavalo, e na execução da pega, essa, como se referiu, de características absolutamente nacionais e ponto alto e fortemente típico do folclore lusíada, intimamente ligado à borda-d'água e às campinas verdejantes onde se criam os toiros e os cavalos de raça.
Principia o espectáculo taurino em Portugal, pelas cortesias, que constituem a apresentação, ao público, da totalidade dos artistas, forcados, moços de praça e campinos, que intervêm na lide. Antigamente, e como noutro lugar se refere, revestiam-se as cortesias de grande aparato e nelas tomavam parte grande número de figurantes formando vistoso cortejo. Na actualidade estão as cortesias muito simplificadas e realizam-se como a seguir se descreve: Dado o toque de cornetim para o começo da tourada (que deve soar logo após a chegada da autoridade), saem para a arena os que têm intervenção na lide, dispondo-se à frente os bandarilheiros, depois os forcados, os moços da praça e campinos, todos eles formando filas simétricas de um e outro lado da arena por forma a deixarem um espaço livre para as evoluções dos cavaleiros que irão fazer a saudação em torno da praça. Quando os cavaleiros ultrapassam a linha formada pêlos bandarilheiros, devem estes descobrirem-se, conservando-se assim até final da cerimónia.
Terminadas as cortesias e a uma ordem do director da tourada, o bandarilheiro mais antigo ou o espada, se o houver, atravessará a arena para levar ao cavaleiro a primeira farpa, cerimónia que tem a intervenção de todos os outros cavaleiros, passando o ferro de mão em mão, por ordem de antiguidade.
Começa então a lide que é regulada por toques de cornetim, ordenados pelo director da tourada, também chamado «inteligente».
O primeiro toiro, como se vê, é sempre para o cavaleiro; não havendo espadas, o segundo é para bandarilheiros, o terceiro para novo cavaleiro e assim, alternadamente, até ao fim. Havendo espadas e para evitar a constante intervenção dos moços de praça no arranjo do piso da arena, que os cavalos deixam impróprio para a prática do toureio a pé, saem primeiro os cavaleiros, por ordem de antiguidade e de seguida os espadas pela mesma ordem. Se houver um só espada, nas touradas normais de oito toiros, compete a este, lidar o quarto e o sexto. Nos toiros de lide portuguesa, quer farpeados, quer bandarilhados a pé. pode o director ordenar a execução da pega, desde que reconheça prestarem-se as reses para tal.
Os toques de clarim marcam a entrada do cavaleiro, saída e recolha do toiro, suspensão ou mudança de lide, execução da pega, ou chamam a atenção de qualquer toureiro, cuja acção mereça reparo. Neste último caso, o toque correspondente toma o nome de «aviso». Ao director da tourada compete ordenar esses toques e vigiar a disciplina no redondel.
PEGA" — A SORTE MAIS PORTUGUESA
MUITO embora se possa considerar remotíssima a origem do procedimento a que hoje chamamos pega — possivelmente realizada desde a altura em que o homem passou a contactar mais directamente com o toiro bravo como acção de emergência defensiva — tendo ainda em conta que alguns autores a dizem muito semelhante a um antigo exercício andaluz, assim mesmo a devemos considerar inteiramente portuguesa pois foi na nossa terra que ganhou feição desportiva, como recreio absolutamente capaz de corresponder às exigências do espírito moço da lusitana gente.
Há ainda quem ligue a pega a acções circenses da civilização cretense, depois que foram descobertos, no palácio de Knosos, uns curiosos «frescos» que, no entanto, nos dão mais a ideia de exercícios ginásticos do que de manifestação de interpidez que é, afinal, o que tão nitidamente se retrata no procedimento dos nossos moços de forcado. De resto outras circunstâncias concorrem para que a consideremos portuguesa, dado o espanto que, a povos de todas as latitudes, causa a pega tal como se realiza nas nossas arenas, integrada no nosso espectáculo taurino. E pode até ir-se mais longe considerando-a a mais portuguesa das acçoes tauromáquicas, uma vez que estando elas circunscritas a duas modalidades — a pega e o toureio equestre — tem este último muito maiores afinidades com o que se praticava na Península depois do advento do rojão do que a pega com os exercícios cretenses ou com o mancornar andaluz.
Sob o ponto de vista tradicional e embora só muito mais tarde entrasse na estrutura do espectáculo tauromáquico português, não deve esquecer-se que tendo o toureio equestre ganho expressão retintamente nacional a partir dos meados do século XVII, foi nessa mesma altura que a pega começou a praticar-se, pois, segundo documentos históricos, ela surge como desporto de elites no segundo quartel desse século, realizada pelo Rei D. Afonso VI e pelo seu irmão, mais tarde Rei D. Pedro II. que a consideravam o mais dilecto dos divertimentos.
Mas quando terá a pega entrado, efectivamente, no espectáculo taurino de Portugal? Pensa-se que o facto só se deu quando foi determinada a embolação dos toiros, o que leva a considerar o princípio do século xix. A verdade é que ainda no século xvn são várias as crónicas que referem a presença dos «monteiros de choca» nas touradas, muito embora sem especificar a sua acção objectiva. No entanto, a sua indumentária de então. — o colete de coiro sobre calção de veludo — dá ideia de que a ausência de embolaçoes não teria impedido a sua prática. Na antiga praça lisboeta do Salitre, após um período de menor entusiasmo e. quando é aclamado o tão aficionado Rei D. Miguel, já os forcados aparecem com frequência e o próprio confessor do Soberano, o padre Joaquim Duarte, era considerado como um dos mais decididos e seguros pegadores de Salvaterra de Magos.
Por essa altura eram mistas as corridas, com lide de toiros em pontas, que deveriam morrer a golpes de rojão ou de estoque, e dos embolados que muito provavelmente seriam pegados. E como na praça do Campo de Santana, que sucede àquela, é que os aspectos nacionais da corrida de toiros ganham feição definitiva e profundidade artística, pode ainda afirmar-se que a pega acompanhou, desde início, toda a evolução verificada. É assim, na realidade, a feição mais legitimamente portuguesa da corrida de toiros; é, realmente, a expressão popular lusitaníssima que, embora possa representar a continuidade de antigas acçoes realizadas em lugares distantes, nem por isso deixam de se apresentar com matizes tão fortemente nacionais que o espectáculo por ela constituído se considera, tanto em Portugal como no estrangeiro, inteiramente nosso e, mais que isso, perfeitamente dentro do espírito e características do nosso povo, cabendo unicamente no ambiente peculiar da tourada portuguesa. «Pegar toiros está», como escreveu um jornalista ribatejano, «no espírito dos portugueses»; «está-nos na massa do sangue», como diz o povo, «na índole e na raça», em termos supostamente mais eruditos.
O moço de forcado é, por definição, um homem valente, valente e com medo, por isso mesmo superiormente valente. Porque a superior valentia do forcado, reside exactamente no facto de ser capaz, no momento próprio, de dominar o medo, conservando a lucidez necessaria para ver, pensar e executar a pega dentro das regras estabelecidas. Pegar toiros é uma arte e uma técnica. Sem técnica, posta a questão no campo de jogo de forças, o homem sairia irremediavelmente derrotado do embate com o toiro. Por isso a técnica da pega é tão complexa como a técnica de qualquer outra modalidade de toureio. Do estudo atento do comportamento do toiro durante a lide, da escolha do forcado que há-de tentar a pega, por comparação de características de um e de outro, da distância e dos terrenos do cite, do caminhar na arena, do esperar, do tourear, ao cair-lhe na cabeça, para se fechar, à barbela ou à córnea, dos múltiplos requisitos de ordem técnica a que o bom forcado deve obedecer, depende o bom êxito da sorte. E tudo isto deve associar-se à estética das atitudes e dos movimentos. Porque assim a pega será entendida como sorte de beleza toureira, e não como rudimentar, ainda que emocionante, acto de bravura humana.
De salientar ainda que, nesta época dos «milhoes», o forcado enfrenta o toiro por manifesto idealismo, contribuindo vezes sem fim para obras de beneficência. Os forcados são assim, os últimos românticos das Festas de Toiros.
Nos mais diversos sítios podemos encontrar reacções à decisão do parlamento da Catalunha em proibir as corridas de toiros a partir de 2012, decisão muito contestada em todos os sectores. O resultado da votação no parlamento catalão foi o seguinte:
Sim à Proibição – 68 votos
Não à proibição – 55 votos
Abstenções – 9
O jornal ABC, edição electyrónica, publica um inquérito junto dos seus leitores permitindo a votação da mesma forma. Até ao momento os resultados são:
Sim à proibição – 47%
Não à proibição – 50.4%
NS/NR – 2.6%
Aqui deixamos alguns enlaces para aceder á informação.
http://www.abc.es/20100729/cultura-toros/gonzalez-sinde-toros-cultura-201007291235.html
http://www.abc.es/blogs/angel-exposito/public/post/cinismo-politico-con-los-toros-4468.asp
http://www.porlalibertaddeiralostoros.es/
http://www.mundotoro.com/noticia/los-presidentes-coinciden-separatismo-y-un-error/79695
http://www.mundotoro.com/noticia/la-ruptura-de-cataluna-con-espana-en-portada/79693
http://www.mundotoro.com/noticia/reacciones/79686
O grupo de forcados do Aposento Barrete Verde de Alcochete festeja no proximo dia 10 de Agosto 45 anos de existencia.
Sendo um grupo onde o espirito de entreajuda e amizade se cultivou desde o primeiro momento durante estas 45 épocas de actividade consecutiva, a direcção do Aposento e o Departamento do Grupo achou por bem festejar esta data importante com todos os elementos que passaram por esta casa, dignificando o nome do Aposento e de Alcochete.
Desta forma gostaríamos de contar com a vossa colaboração de forma a divulgar o evento, e também utilizar o vosso site como "veiculo "para fazer chegar este "convite" a todos os elementos retirados para voltarem a envergar a jaqueta de ramagens no dia 10 de Agosto em Alcochete.
Os contactos para o aniversário são os seguintes: Nuno Damiães -938139608 Miguel Caninhas -969832600 Aposento-212340148 João Salvação (Ninan) - 913062835
Antecipadamente grato
Miguel Caninhas
Foto retirada de http://www.cm-alcochete.pt/pt/conteudos/areas+interesse/turismo/tauromaquia/aposento/
Está rodeada de grande ambiente e expectativa a 3ª Corrida Ruedo Ibérico Algarve, que HOJE quarta feira, 28 de Julho pelas 22h15, se realiza na praça de toiros de Albufeira e que pela primeira vez terá lugar na catedral do toureio do Algarve e que também pela primeira vez será com um cartel misto. A corrida terá a máxima competição, pois Luís Rouxinol vem de um grande triunfo na Corrida TV Norte na Póvoa de Varzim; Sónia Matias está a triunfar todas as tardes; o praticante Marcelo Mendes, vem de dois triunfos consecutivos em cartéis de figuras, precisamente em Rates e na Foz do Sizandro e o matador de toiros “Parrita” está na sua melhor forma de sempre, vindo também de um triunfo em Albufeira na passada semana. Para completar o cartel, os grupos de forcados Amadores de Cascais, onde o director da revista Pedro Pinto se fardou de forcado e os Amadores de Arronches, que foram o grupo revelação da temporada 2009. Mas para que a noite seja de êxito, temos de falar também nos toiros de Condessa de Sobral, uma ganadaria que lidou na passada semana em Albufeira e foi um êxito, sendo Torrestrella puro e estão bonitos e prometem investir.
No próximo Arte & Emoção falaremos sobre a Casta Vasqueña e a pelagem “Jabonera” tão característica neste encaste.
A este propósito visitámos as ganadarias de Fernando Palha e Pedro Canas de Vigouroux.
Teremos oportunidade de ficar a saber como muitos toureiros vivem os dias de corrida: como sofrem, os rituais, superstições e hábitos curiosos.
Iremos ainda falar sobre o ano ganadeiro, que difere do ano civil e assistir às reportagens de 2 espectáculos:
Na Figueira da Foz João Salgueiro reafirmou o grande momento que atravessa e no Campo Pequeno, o grupo de Montemor conseguiu um assinalável êxito, frente a um curro imponente da Ganadaria Grave.