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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

CAMPO PEQUENO - SAIBA OS PRÓXIMOS CARTÉIS

28.06.10 | António Lúcio / Barreira de Sombra

A estreia do rojoneador Diego Ventura, os regressos do rojoneador Pablo Hermoso de Mendoza, dos cavaleiros João Moura júnior, João Telles júnior, Tiago Carreiras e da ganadaria Murteira Grave constituem fortes aliciantes para as quatro corridas a realizar em Julho, no Campo Pequeno.

 

O luso-espanhol Diego Ventura, uma das maiores figuras da actualidade, confirmará a alternativa no dia 1 de Julho, das mãos de João Moura júnior, num mano-a-mano em que lidarão seis toiros da ganadaria espanhola de Fermín Bohorquez, que serão pegados pelos grupos de forcados amadores de Alcochete e do Aposento da Moita.

 

No dia 8, com toiros da ganadaria Pinto Barreiros, regressa ao Campo Pequeno, Tiago Carreiras, depois da auspiciosa alternativa tomada nesta praça a 6 de Maio. Terá por companheiros de cartel os consagrados Rui Salvador e João Salgueiro. Pegam, os grupos de forcados amadores do Aposento do Barrete Verde (Alcochete) e das Caldas da Rainha.

 

A 15 de Julho, regressa ao Campo Pequeno o rojoneador espanhol Pablo Hermoso de Mendoza, que alternará com António Ribeiro Telles e João Ribeiro Telles júnior, na lide de um curro da ganadaria Passanha. As pegas estão a cargo dos grupos de forcados amadores de Santarém e de Lisboa.

 

A 22 de Julho o grupo de forcados amadores de Montemor pegará, como único grupo, uma corrida de Murteira Grave de extraordinária apresentação. Actuam os cavaleiros Luís Rouxinol e Vitor Ribeiro e o praticante João Salgueiro da Costa.

 

Em Agosto haverá corridas no Campo Pequeno, nos dias 5, 12, 19 e 26 e, em Setembro, nos dias 2 e 30 (corrida de Gala à Antiga Portuguesa, para encerramento do abono 2010).

MONTIJO - A GENIALIDADE DE SALGUEIRO NUMA LIDE MAGISTRAL

27.06.10 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Um Salgueiro genial e uma lide imaculada, prenhe de emoçãoe de bom toureio, magistral nos cites e nas cravagens, foi aquilo a que assistimos na noite do passado sábado 26 na Monumental do Montijo frente ao segundo toiro da noite, como os restantes da ganadaria de José Lupi. Salgueiro encontrou as distâncias precisas em cada momento, elegeu os melhores terrenos consoante as querenças que o toiro foi mostrando. Depois, de praça a praça provocando a investida, ou em curto atacando o pitón contrário montando o “Van Gogh” levantou o público  das bancadas e proporcionou-nos momentos para recordar.

 

João Moura abriu praça com uma lide em bom plano, bregando com classe e deixando o toiro em sorte para cravar uma boa série de curtos onde os remates também foram de boa nota e onde segundo e quarto, com batidas ao piton contrário que resultaram, foram os seus melhores. No quarto da ordem Moura teve de porfiar para sacar partido do mansote que lhe tocou lidar e fê-lo como é seu apanágio, rematando com um excelente ferro de palmo.

 

João Salgueiro, depois da extraordinária actuação no segundo da noite, confirmou no quinto da ordem o seu excelente momento e, com um toiro de distintas condições, desenhou outra grande lide com dois excelentes curtos a abrir, o segundo de muito mérito pelo sítio e distãncia a que citou e cravou. Mais uma grande actuação de Salgueiro a confirmá-lo como truinfador indiscutível desta corrida.

 

Manuel Lupi esteve bem a bregar mas não muito acertado a cravar no seu primeiro já que falhou o toiro por diversas vezes na ferragem curta, deslustrando um pouco a sua actuação onde deixaria dois ferros de boa nota. No que encerrou praça esteve bem melhor, procurando entrar de frente nos terrenos do oponente depois de citar a deixar-se ver e cravou uma meritória série de curtos rematada com dois de palmo.

 

Os dois Grupos de Forcados conseguiram também excelentes momentos com algumas das intervenções a serem de excelente nível. Pelos Amadores de Montemor foram caras Noel Cardoso que consumou à 3ª, António Vacas de Carvalho numa excelente pega de caras á 1ª e que viria a vencer o troféu em disputa para a melhor pega, e Manuel Ramalho numa rija intervenção á 1ª. Quanto aos Amadores do Montijo, João Paulo Damásio concretizou boa pega de caras à 2ª, Pedro Santos esteve irrepreensível a citar e a recuar para consumar uma grande pega de caras à 1ª e Hélio Lopes apenas à 3ª conseguiu concretizar a última pega do seu agrupamento.

Os toiros (neste caso novilhos-toiros pois todos tinham o 7 na mão direita) da ganadaria de José Lupi, cumpriram no geral em diversos graus e ajudaram ao bom espectáculo a que assistimos.

 

Na direcção de corrida esteve António José Martins coadjuvado pelo veterinário Daniel Patacho de Matos, registando-se meia casa forte em termos de assistência.

ARTE & EMOÇÃO PROGRAMA 10 - 2010 - SÁBADO 26 DE JUNHO 19.00 HORAS

24.06.10 | António Lúcio / Barreira de Sombra

No próximo Arte & Emoção vamos mostrar-lhe o ambiente que envolveu a primeira corrida de toiros realizada em Águeda - uma casa cheia foi o dado mais relevante.

 

Neste programa ficará a conhecer melhor o toiro de lide - iremos falar sobre os sentidos do toiro.

 

O cavaleiro praticante Tomás Pinto vai ser nosso convidado e recordaremos a corrida com toiros Grave que teve lugar em Reguengos de Monsaraz.

 

Para além de tudo isto, vamos recordar as grandes rivalidades que marcaram a história da nossa tauromaquia.

PORTUGAL – TOUREIO A CAVALO VS. TOUREIO A PÉ

23.06.10 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Em Portugal as duas modalidades vivem momentos distintos e muito por falta de uma verdadeira figura no toureio a pé pois a última figura de projecção internacional foi Vítor Mendes. E o mesmo se poderia aplicar ao toureio a cavalo pois João Moura foi e é a grande figura dos últimos 30 anos e, admire-se ou não o seu toureio, esta é uma verdade incontornável.

 

O toureio a cavalo sempre se impôs sobre o toureio a pé, excepção feita ao período de grande rivalidade de Diamantino Vizeu e Manuel dos Santos. E mesmo nesta altura, os matadores nunca conseguiram impôr a corrida integral e assim o seu estatuto.

 

Para que haja continuidade à saga iniciada por Augusto Gomes Jr na já longínqua década de 40 do século passado, não bastam trinta e poucos matadores de toiros – feito histórico e notável – e a luta de uns quantos novilheiros. Depois de Vítor Mendes, tiveram os aficionados portugueses ao toureio a pé fundadas esperanças em Rui Bento Vasques, José Luis Gonçalves e Pedrito de Portugal, este último com um suporte de fundo político a permitir as corridas picadas (foi Santana Lopes enquanto Secretário de Estado da Cultura que o permitiu).

 

Na verdade, a vaga de fundo em Portugal criada pelo mediatismo de Pedrito e pelo facto de terem sido autorizadas algumas corridas com picadores – mas sem a morte do toiro na arena e sem hastes íntegras – não foi suficientemente forte para provocar o tsunami que a o toureio a pé precisava. E continuamos com um arremedo da corrida à espanhola, com toiros com os cornos cortados, sem varas e sem sorte de matar.

Dos mais novos, de Procuna e Velásques, de Parrita e de Mário Miguel e de António João Ferreira, quantas corridas tourearam em Espanha e França estes jovens matadores nos últimos 3 a 5 anos? Quantas vezes exerceram, em efectividade de funções, a categoria de matadores de torios? Em Portugal registamos as suas actuações e António João foi o único com alguma actividade no estrangeiro mas também raras vezes.

Nos novilheiros, Casquinha, Daniel Nunes, Diogo Santos, Manuel Dias Gomes, Cuqui, Paco Velásques, Montoya... Para quando a prova de fogo da alternativa para os mais avançados? E significará isso um passo em frente para o toureio a pé português e em Portugal?

 

Ao invés, os cavaleiros, mesmo os mais novos, vão-se afirmando cá e lá. E alguns gozam de algum cartel em Espanha, registando bom número de actuações, como o comprovam os dados registados no número especial da revista Ruedo Ibérico (ver gráficos no final).

 

Em Portugal, e em cada corrida com toureio a pé, o público em geral vibra com as actuações. Sente-se que gosta e tem vontade de ver bom toureio, soltando-se mais com os tércios de bandarilhas e com alguns passes de adorno mais vistosos, apesar de entender pouco da essência do toureio a pé. Mas mesmo sendo poucas as corridas, festivais e novilhadas com esta modalidade, é importante que se diga que a presença de toureiros estrangeiros de categoria pode ser uma mais-valia para o aficionado e para a festa em si, mas sempre com escasso retorno para as empresas.

 

E aqui radica parte importante do problema a par da falta de figuras portuguesas e da corrida ser assumida como em Espanha, França e países de expressão ibérica: com sorte de varas e morte do toiro na arena. Se existisse a corrida integral em Portugal, poderiam realizar-se uma dúzia de espectáculos nessa modalidade e a vinda de toureiros importantes do escalafón estaria facilitada, obrigando a naturais despesas de investimento mas também promovendo os matadores e novilheiros portugueses que integrassem essas corridas.

 

Haverá capacidade para tal? Terão os empresários, toureiros e ganadeiros força e união para fazerem seguir em frente esta modalidade e exigirem dos poderes políticos e de tutela que o permitam?

 

ANEXO - GRÁFICOS DE ACTUAÇÕES EM 2009 (Fonte: Ruedo Ibérico Especial)

 

 

 

 

SANJOANINAS EM DIRECTO - WWW.TV.AZORESGLOBAL.COM

22.06.10 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Tal como no ano passado, a TV Azoresglobal (www.tv.azoresglobal.com) transmite as corridas das Sanjoaninas a partir da Monumental de Angra do Heroismo e pelas 18h30. Os cartéis são os seguintes:

 

Quinta-feira, 24 de Junho, 18h30

 -Cavaleiros-

Rui FERNANDES

Rui LOPES

 -Matador-

Ruben PINAR

 -Forcados-

Amadores do Ramo Grande

 -Toiros-

Casa Agrícola José Albino Fernandes

 -

 Sexta-feira, 25 de Junho, 18h30

 -Cavaleiros-

Tiago PAMPLONA

Tiago CARREIRAS

João PAMPLONA (lidará um novilho extra)

 -Matador-

António FERRERA

 -Forcados-

Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense

 -Toiros-

Rego Botelho (4)

Casa Agrícola José Albino Fernandes (3)

 -

 Sábado, 26 de Junho, 18h30

 -Cavaleiros-

Luis ROUXINOL

Rui FERNANDES

Tiago CARREIRAS

 -Forcados-

Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense

Amadores do Ramo Grande

Aposento de Turlock

 -Toiros-

Rego Botelho

Casa Agrícola José Albino Fernandes

Herdeiros de Ezequiel Rodrigues

COMUNICADO DA ANGF

22.06.10 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Da Direcção da Associação Nacional de Grupos de Forcados recebemos o seguinte comunicado cujo teor apresentamos na íntegra:

 

"Comunicado 01/2010

 

Lisboa, 22 de Junho de 2010

 

Caro Associado na ANGF,

 

A empresa C.A. (CARLOS ALVES) não cumpriu, no passado dia 3 de Junho de 2010 em S. Francisco, com o pagamento das verbas acordadas com os Grupos de Forcados Amadores de Alcochete e Académicos de Elvas.

 

Assim sendo e tendo em consideração o Regulamento Interno da ANGF e até que a situação seja regularizada com os Grupos em causa, os Grupos de Forcados associados na ANGF deixam de aceitar pegar para a referida empresa e para qualquer empresa que tenha como sócio o senhor Carlos Alves.

 

Esta decisão é vinculativa a todos os associados na ANGF e deixará de produzir efeitos assim que a mesma for informada pela Direcção da ANGF.

 

Sem outro assunto de momento, subscrevo-me com consideração,

 

Atenciosamente,
A Direcção da ANGF

José Fernando Potier

Pedro Figueiredo (Graciosa)

José Luís Gomes

Tiago Prestes

Francisco Calado

SOBRE TRANSMISSÕES DE CORRIDAS NA TELEVISÃO

21.06.10 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Ninguém duvida da importância que tem a presença das câmaras de televisão em eventos como as corridas  de toiros e do quanto podem potenciar o espectáculo junto das grandes massas. As audiências, medidas em termos de share, mostram a adesão dos telespectadores em escalas interessantes mas que, por vezes, atingem valores bem abaixo dos que seriam expectáveis.

 

Em Portugal, e nos últimos anos, exceptuando uma corrida transmitida pela SIC, as corridas são transmitidas pela RTP e pela TVI e, na maioria dos casos as da TVI suplantam os shares de audiência das da RTP, apostando num estilo de transmissão mais dinâmico e de menor acompanhamento técnico das questões essenciais do toureio, ao passon que a RTP vinha dando mais importância a questões fulcrais da lide. Conceitos, visões, formas diferentes de estar perante o fenómeno.

 

A escolha das imagens cabe ao realizador, bem como assim a distribuição das câmaras e do que devem acompanhar em cada momento. Mas a transmissão vive muito da sensibilidade do realizador e da inspiração e conhecimentos técnicos daqueles que têm a obrigação de comentar e entrevistar.

 

Têm dúvidas? Vejam as transmissões do Canal Plus Digital e as da Andalucia TV. Confrontem a qualidade das imagens, dos planos apresentados, das repetições, do nível dos comentários de Manuel Molés, Manuel Caballero, Antoñete e Emilio Muñoz e os de Enrique Romero e Sónia Gonzalez. Nada têm a ver a não ser o denominador comum que é a corrida de toiros. E todos eles sabem de toiros e de toureio.

 

Se atentarem na quantidade e na qualidade dos entrevistadores e na abordagem que fazem a cada um e em cada entrevista, então não restam dúvidas de que estamos perante pessoas que se preparam afincadamente e de forma profissional para cada uma das corridas que têm de acompanhar. Comparações com Portugal? Desnecessárias tamanha a distância que separa cada uma das situações.

 

A imagem vale mais que mil palavras... sempre o ouvi dizer e sempre me convenci disso. E se a imagem nos mostra um ferro completamente à garupa como é que se pode dizer que foi um excelente ferro? E mais ainda quando a repetição mostra mais duas ou três vezes o ferro deixado à garupa... Ou, no caso do toureio a pé, todos a vermos o toureiro demasiado inclinado para diante e a tourear com o «pico» da muleta e a levar o toiro demasiado por fora e aliviado e os comentaristas a dizerem que o «muletazo» é de grande qualidade... Ou quando o forcado reune mal, ou como seja!

 

E se falarmos na produção de conteúdos para acompanhar os momentos mortos, o antes e o depois das corridas, então a diferença é abissal. Em Portugal é zero, simplesmente. E penso que já seria tempo de os responsáveis pelas transmissões buscarem nos conteúdos que possuem, imagens antigas ou mais recentes que possam servir para introduzir o telespectador neste mundo, procurando dar-lhe a conhecer a vida do toiro desde o seu nascimento, ao cavalo e seu ensino, ao trabalho do toureiro, aos rituais dos forcados e de toda a corrida em si. Só assim se podem criar novos aficionados e mostrar as razões que fazem da tauromaquia uma festa de sentimentos e de emoções, de valores e convicções.

Depois veremos se os shares de audiência e o número de telespectadores cresce  ou não. Basta ver a adesão aos canais pagos da ZON e do MEO!!!