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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

MARCELO MENDES CONTRATADO PARA ATUAR EM FRANÇA

06.08.12 | António Lúcio / Barreira de Sombra

 

O cavaleiro Marcelo Mendes está contratado para atuar em França no decorrer do mês de Agosto em duas corridas à portuguesa.

 

Amanhã, dia 7, realiza-se o seu debute em terras gaulesas numa corrida em Grau du Roi, num cartel composto ainda pelo cavaleiro Marcos Bastinhas e os forcados de Coimbra na lide de toiros de Roland-Durand.

 

No dia 25, Marcelo volta a atuar em França, numa corrida à portuguesa em Cazoubon no qual reparte cartel com o rejoneador Ginés Cartagena, diante de toiros de Luc Jalabert.

MANUEL DIAS GOMES E A CORRIDA DA MALVEIRA (12.08) EM DESTAQUE NO BARREIRA DE SOMBRA

06.08.12 | António Lúcio / Barreira de Sombra

 

A emissão de hoje do «Barreira de Sombra» - Oásis FM 106.4 ou www.radiooasis.pt - a partir das 21h, será dedicada a uma entrevista com Manuel Dias Gomes e à corrida mista da Malveira do próximo domingo 12, com a presença em estúdio do seu promotor José Luis Gomes. É um cartel inédito na nossa região do Oeste, com 3 artistas e uma ganadaria da zona, e que promete pela sua inovação. Terá lugar no domingo 12, pelas 17h30, na Malveira.

 

Daremos ainda destaque às corridas de quinta-feira em Lisboa, sábado na Nazaré e domingo na Póvoa de Varzim (crónica de José Andrade).

 

Tudo isto e alguma surpresa, hoje, a partir das 21h na sua OÀSIS FM!

PÓVOA DE VARZIM 5 DE AGOSTO 2012 - CORRIDA DE HOMENAGEM AO EMIGRANTE

06.08.12 | António Lúcio / Barreira de Sombra

A praça de touros da catedral do toureio do Norte, e a afición nortenha, voltaram a testemunhar mais uma tarde inesquecível de touros. Só não foi uma ‘tarde em redondo’, porque nestas coisas, como em outras, nunca se devem atirar os foguetes antes da festa. E na festa de toiros, a superstição, além de fazer parte indissociável da natureza dos humanos que a ela estão ligados, tem razões que a Razão não consente que se entenda, mas que razoavelmente nos obrigam a não poder deixar de considerar. A chamada à praça do ganadeiro, após a lide do terceiro da tarde, prémio justo no cômputo geral, por obra e graça dos mesmos motivos que justificaram a chamada, nos três restantes rezes, esmoreceram e dividiram o nível do espectáculo. De mais a menos, com culpas repartidas para os três artistas intervenientes finais, a segunda parte desta agradável Corrida de Homenagem ao Emigrante e 1ª. do site taurino “Sortes de Gaiola”, baixou o nível alto que atingiu da primeira parte, sem contudo deixar de poder ser considerado uma grande corrida.

 

Com quase ¾ de casa, muito Sol e expectativa, apesar da substituição, não anunciada, de Joaquim Bastinhas por Marco José, coube a este cavaleiro, como mais antigo de alternativa, a responsabilidade dupla de, abrir praça e substituir o não anunciado ausente. E Marcos José, registe-se, veio à Póvoa confirmar que está em grande forma. Seguro, e com ganas de mostrar que tem direito a um lugar entre os primeiros, Marcos José, provocou alvoroço logo na colocação dos três compridos, uma lide que continuou a subir de tom com os quatro curtos de nota alta na preparação, colocação e remate, lide que fechou com um ferro de palmo que empolgou o respeitável, que agradecido brindou com palmas em pé. Menos sorte teve Sérgio Carmo do Grupo de Forcados do Ribatejo, desfeiteado na primeira tentativa, concretizou à segunda, com uma generosa e muito valente ajuda do novato cabo-verdiano Edson Teixeira.

 

Mas se a tarde tinha arrancado em nível alto de actuação, Sónia Matias, a interveniente seguinte, iniciou a sua actuação com dois compridos a mostrar que sabia o que queria. Uma lide que sempre em crescendo, continuou com mais três curtos de preparação e execução a demonstrar que Sónia esta a entrar já no caminho certo de actuações onde a serenidade acompanha a vontade de cumprir. A lide culminou em autêntico sururu, com um ferro de palmo e mais dois pares em violino, rematada com a pega de Rubens Durães dos Amadores da Moita, à primeira. Uma beleza.

Filipe Gonçalves vinha à Póvoa, onde no passado ano já tinha deixado muito agradável expectativa, comprovar que sabe o que quer. O cavalo que bate palmas é apenas um pormenor. E muito e bons pormenores são o saldo final da sua empolgante actuação. Entrega e vontade de agradar tiveram como resultado uma volta à praça, e chamada ao centro, de imparáveis palmas. Volta e palmas que repartiu com Nelson Catambas, do grupo de Monforte, que fez uma grande pega à primeira.

 

Paulo Jorge Santos entrou disposto a mostrar que queria fazer parte dos vencedores, deixou dois compridos, de frente, muito bem colocados. Nos curtos, ou por não entender o toiro, ou por querer imprimir uma lide própria, mas desadequada, com o toiro a ir a menos, o primeiro curto ainda saiu a contento, mas depois ao menos do toiro, somou a cravagem do quinto e o sexto ferro, desnecessários, e ainda um de palmo. Com uma lide que podia ter tido outra leitura e concretização, salvou a imagem, a pega, concretizada à primeira, de Gonçalo Sonhador do Grupo do Ribatejo.

 

Tomás Pinto, recebendo o toiro a porta gaiola, que não resultou por manifesta distracção do hastado, veio à Póvoa disposto a mostrar que apesar da paragem motivada pelos estudos, está disposto a reganhar o lugar que na época passada tão bons momentos proporcionou. A verdade é que se o toiro que lhe tocou em sorte era de uma distracção indisfarçável, a sua boa vontade e empenho, não se mostraram munidas de recursos capazes de resolver a contento a papeleta. Regista-se isso mesmo, vontade e empenho, e sinais de falta de actividade. Rui Pargana do grupo da Moita, só á terceira tentativa logrou convencer o toiro e o grupo que para que uma pega resulte, é preciso colaboração de mais que um.

 

José Carlos Portugal, que nunca vi tourear, mas possivelmente o problema é meu, pareceu-me que tem muita falta de material, isto é, cavalos pouco preparados, pouco treino pessoal e voluntarismo em excesso. A sua actuação, perante um toiro que até nem era complicado e com raça q.b., foi de constrangedora a desnecessária. Se o toiro não fazia mal, como se comprovou nas vezes em que deixou a montada pendurada, literalmente, na cabeça do toiro, e saiu sem mais que uns empurrões, foi incompreensível que quisesse criar um ‘caso’, pedindo mais um ferro, quando o director da corrida, com sentido de oportunidade, ultrapassado que estava há muito o tempo de lide, mandou tocar para se retirar. A vontade de mostrar figura e aproveitar a oportunidade, não pode justificar certas atitudes. Se no fim não pediu desculpas ao director da corrida, fez mal. Mais uma asneira em tarde não. E tarde não teve Gonçalo Costa do Grupo de Monforte. Derrubado com um derrote no alto no primeiro intento, foi atingido no peito e principalmente na cara na segunda tentativa, pancada que obrigou a ser retirado da praça, e assistido logo ali na trincheira. Dobrado por Dinis Pacheco, este só à quarta tentativa, a sesgo e com o grupo todo a carregar, logrou concretizar.

 

O curro do senhor António Charrua, composto de peso, apesar do relato que acima fazemos do que assistimos, deu bom jogo, teve raça e cumpriu.

 

Dirigiu, mais uma vez com serenidade e alguma condescendência, o senhor Nuno Nery, assessorado na parte veterinária pelo dr. José Luís Cruz.

 

Crónica de José Andrade